Faz hoje sete anos anos que comecei um blog, que primeiro era sobre nada, depois era sobre comunicação e acabou por ser sobre jornalismo online.
Estes sete anos foram os mais importantes da minha vida, e tiveram tanto de sucessos como de fracassos e dificuldades.O blog abriu-me portas que de outra forma nunca se abririam e, por outro lado, fechou-me algumas pelas quais também não queria entrar.
Não tenho escrito ultimamente muito sobre o tema que me trouxe até aqui porque estou farto. Não tenho fé nenhuma no panorama jornalístico nacional, nem nas estratégias e objectivos que regem os projectos que por aí andam. Vi e falei de muitos que, na sua maioria, falharam. Outros tiveram algum sucesso, mas quase nenhuns eram revolucionários e eficazes. Alguns que realmente o foram, falharam na mesma.
O jornalismo para mim esgotou-se porque, como bem me lembraram na última entrevista de emprego a que fui, tenho 36 anos e pouca experiência de redacção. Eu também não sou jornalista, sou outra coisa, que não tem espaço nesta lógica.
Tenho trabalhado em Comunicação de Ciência e a dar formação em comunicação digital, mais virada para o lado empresarial. Aprendi muito nas duas e é isso que gosto de fazer: aprender. Infelizmente, aprender não mete comida na mesa.
Ao fim de sete anos não me arrependo de nada a não ser não me ter ido embora de Portugal de vez. Mas ainda vou a tempo. Sinto que estou no fim de um ciclo, tanto de objectivos profissionais como pessoais.
Apesar de ter voltado basicamente ao mesmo ponto onde estava há sete anos, apesar dos pesos extra que arrecadei na minha vida, sinto que estou mais rico e melhor. Não em dinheiro, não em qualidade de vida, mas como pessoa e como profissional.
Olhando para o que escrevi ao longo destes anos, acho que não me enganei em relação ao futuro (agora presente), e já nem ligo a certas discussões sobre o tema porque para mim já não fazem sentido: há quem ainda viva em 2007, eu sempre estive mais à frente.
A todos os que me acompanharam ao longo deste percurso e me deram o seu apoio, o meu muito obrigado. Não sei o que se vai passar a seguir mas, como disse Kundera, “o que for, será.”
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